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Estimulação precoce

Terapeuta especializada na estimulação precoce

Estimulação precoce, estimulação essencial, ou aprendizagem oportuna,, enfim são várias as nomenclaturas que designam uma prática que diz essencialmente respeito aos serviços de apoio e recursos necessários para responder as demandas das crianças. Inclui atividades e oportunidades que visam incentivar o aprendizado e o desenvolvimento infantil; e ainda, aos serviços, apoio e recursos necessários para que as famílias possam promover o desenvolvimento dos seus filhos, criando oportunidades para que elas tenham um papel ativo neste processo. A estimulação precoce, portanto, dirige-se a família.

A terapia ocupacional na estimulação precoce acontece essencialmente centrada na família e tem como princípio de ação a compreensão das suas estruturas e sistemas de composição, características sócio culturais,  disponibilidade e acessibilidade para que o processo de intervenção terapêutica possa acontecer.

O papel do terapeuta ocupacional na estimulação precoce define-se claramente como a intervenção preventiva na relação criança, família e ambiente. Tem o objetivo de resolver a problemática do desenvolvimento quanto aos seus processos instrumentais, relacionais como o brincar, as atividades da vida diária e a inclusão educativa e social quando se fazem presentes perturbações que impedem ou transtornam a sua efetivação.

Os bebês são trazidos a tratamento quando, em algum momento ocorre uma falha em relação ao que deles era esperado. Do nascimento do bebê, o comunicado do diagnóstico de uma patologia, ou no exercício da maternidade ou paternidade com ele, produz um sintoma, um obstáculo, uma injúria, um padecimento neste circuito de realização e interação de ideias sociais e parentais, então a estimulação precoce é a estratégia terapêutica de ação.

Nesse contexto, estimulação é apenas uma de suas técnicas e a precoce deve ser o diagnóstico do desvio do desenvolvimento, este sendo precoce irá propiciar as intervenções em tempo hábil. Além disso, temos que considerar a terminologia que se apresenta para definir estratégias a serem empregadas como recursos de intervenção por estimulação precoce. Então, estimulação deve ser compreendida também pelo seu objetivo que é aumentar a oferta de estímulos ao sistema nervoso central para o desenvolvimento e/ou manutenção das funções a serem trabalhadas quando diante a um transtorno significativo do processo de desdobramento das aquisições neuropsicomotoras ocorridas na primeira infância.

Já a inibição, outro termo dessa prática, é utilizada em crianças com presença de hiperreflexia e/ ou persistência de reflexos primitivos. Termo também comum na prática de estimulação precoce da Terapia Ocupacional em unidade de terapia intensiva neonatal para com bebês prematuros em acompanhamento. Em continuidade a expressão de uso a facilitação é utilizada para ajudar crianças na execução de movimentos mais adequados na realização de alguma função, assim como, a criação de adaptações e ajustes de tecnologia assistiva.

E ainda a organização que controla o ambiente terapêutico para não dispersar a atenção ou mesmo nas orientações familiares de estímulos dirigidos na rotina e utilizados nas atividades de vida diária com os bebês e/ou com as crianças em desenvolvimento. Estas terminologias vêm esclarecer os princípios básicos, os quais a Terapia Ocupacional tem de considerar nas suas práxis junto à criança e a família para promover o desenvolvimento com o uso do brincar, das atividades da vida diária e da educação.

 

Então, trabalhar com estimulação precoce requer do terapeuta ocupacional uma formação qualificada sobre desenvolvimento infantil, conhecer os seus aspectos estruturais e instrumentais desde a constituição do sujeito psíquico, do equipamento neurofisiológico do sistema nervoso central e de tudo que age sobre esse processo que são os instrumentos relacionais do mundo externo. Existe a necessidade de uma formação continua quanto às implicações do começo da vida, seus desdobramentos, interfaces e consequências possíveis. E também a compreensão sistêmica da família, uma qualidade pessoal para empatia, maturidade emocional e motivação interna. A partir desse perfil se poderá dar início à apresentação efetiva de sua pratica em estimulação precoce.

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